por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Entraram intrusos, com seus passos de pés distantes, destoantes do azul celeste do cobertor largado canto. Dissonantes de uma aparente calma, gritavam tal fossem monstros, em dentes famintos. Grunhiam por entre os espaços de silêncio. O ritmo dos passos doloria,...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
O homem andava denso, pés sem descanso, tensos, muito mais couro que o sapatoapertado. Não, não: o sapato era confortável, tinha que ser! Tinha sido caro demais: caso de polícia! Onde já se vira couro custar como a vida da vaca? Pois custava, e muito mais! Os pés...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
O menino levantou a mão. Dali, daquele bem canto, bem quieto, intimidado. Mas levantou a mão… Pequena, ainda incerta de que devesse erguer-se em meio a tantas outras. Mão de só confiar em mão de mãe. Mão de menino, menino de mãe, de casa, de sempre protegido, em...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
O outro lá, passos à frente. Talvez duas ou três velocidades mais impetuosas e o alcançaria. Seria trégua ao desejo de vingança, alcançar o adversário postado à frente; e logo, em alguma corrente de vontade , tomar-se em vantagem . Seria trégua à voracidade-vingança,...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Não naquela tarde… Não aquela que se fingia de sol e se fugia tão sombria, virando rosto a qualquer sorriso. Não aquela… Como tudo podia ser pálido cinza e se fundir, fingindo, em colorido? Cinza não é a mistura de todas as cores. Cinza é a desistência de...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Olha, olha bem… Vê, ao fundo, o céu preto e branco? É cinza… Vê, bem ali, a nuvem? Horas mais tarde tornava chuva, de todo verão desmoronado. O menino correndo, à esquerda, primo distante, apavorou-se do aguaceiro. Já o menino direito, nem recordo;...