por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Um aceno. Rabisco de adeus em mãos de quase beijar; não fosse a distância que, mesmo pouca, causava quilômetros. Mãos de se ter, assim, bem próximas, aperto de peito; não em agonia: ajustadas ao peito, em sustentação. Mãos de caminhar conjuntas, não importando quantos...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Em roda, mãos dadas e canções aprendidas. Crianças meninas e seus afazeres de brincar. Em bando, bandolim imaginário criando cada qual protagonista; metamorfoseadas feitiço de fada. Borboletas, saltitavam, quase esquecendo-se de que faltavam-lhes as asas. Quase...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Se esse fosse o último tom, o último dom; A última nota antes do fim… Se nesse dia houvesse o prenúncio de uma última noite, Com ares e estrelas e todas as vozes dizendo adeus. Se hoje não fosse mais hoje Mas algo de se lembrar, ponto final de frase Em que ficam...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Dia da faxina. A casa, quinze dias deixada ao Deus quiser, já não era melhor companhia para estados de solidão. Tornara-se insuportável, tamanhas bagunça e sujeira. A cozinha em restos do anteontem, dispensa quase vazia, panos de prato já servindo a rodo de enxugar...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Ouvi a música que tocava cores na minha infância e falava em notas aquarelas. Os quadros de uma inocência que não uso mais nas parede: desmoronados. A música era uma nova versão, uma releitura dos antigos sonhos, em outras vozes; que as crianças cantoras da minha...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
A imagem do deserto nem parecia tão árida assim, mas ávida… Engraçado como se enxerga melhor o horizonte no deserto, quando se descobre o quão seco e falta de vida contaminam os pés. E um único olfato era pó… E houve, então, a memória de um mar. Quente e...