por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Uma chave: é o que me sustenta a mão. Mais que dedos, ossos ou músculo; mais que força motora ou impressões digitais. Uma chave se faz todo espaço da minha palma; toda minha intenção. E só ela pesa, central. Só a ela se resumem os bens. Um homem cujo tesouro acumulado...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Seria fácil despedir em manhã de Sol, muito fácil. Arrumaria malas, que são duas, são poucas; usam pouco teus espaços: travaria fechos, recolheria a foto do porta-retrato, mais minha que tua, que você nem sorri imagem. Abriria a porta e não jogaria de volta a cópia da...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Acordou precisando de remédios. Precisamente duas e quarenta madrugada. Duas ou quarenta madrugadas, indiferentes; que a dor era a mesma. Pregos na cabeça, mais de dois ponto quatro; dez pregos inteiros em cada lado do cérebro. Um dolorido de miolos que fazia frente a...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Sujeito reto, sem jeito. Torto no caminhar. Passos largos. Pressa. O que mesmo? Ah, sim! O trabalho… Passos mais curtos. Desacelerou. Antônio João Ninguém. Ninguém de sobrenome. Pouco culto. Nem bonito, menos ainda original. Sorte nunca ter notado. Nem poderia....
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
A música parou, inesperada, como todo fim. A música acabou. E um silêncio inexplicável tomou conta dos cantos de som; cada fresta assaltada pelo impacto daquele adeus. Adeus à melodia transitória, de falar versos, esculpir verdades que, tantas vezes, não se ousa em...
por | abr 18, 2022 | Ânima in Crônica
Ouvi a música que tocava cores na minha infância e falava em notas aquarelas. Os quadros de uma inocência que não uso mais nas parede: desmoronados. A música era uma nova versão, uma releitura dos antigos sonhos, em outras vozes; que as crianças cantoras da minha...