Foram anos, até que, inesperadamente, de um repente inexorável, surge-me Pussy Jane… Allsteam, a todo vapor, a cantar-me as ideias, a poupar-me aflições e a tirar-me do caos ocioso de sentir-me apenas Fernanda.
Pussy Jane era única e há praticamente uma década, tem tomado-me de assalto. Tanto que já passa, aos poucos, à autora… Será que é ela quem me escreve as linhas? Talvez… E talvez seja assim com qualquer personagem… E já aceito, não há como negar: meu estigma são os muitos personagens.

Paulatina e sorrateiramente, Pussy Jane, esse vislumbre freudiano de alterego foi tornando-se texto, depois livro, depois corpo, depois site e depois… quem sabe o que mais Pussy Jane irá escrever em minha história?
Foi assim que uma publicitária frustrada, com dons filosóficos, neuras alimentares, traumas emocionais, viciada em terapia e auto-análise (essa é Pussy, ok?) tomou-me rédeas em parágrafos ensinando-me, entrelinhas, a lidar com meus medos, sonhos, pesadelos e impulsos.
Pussy é uma ótima companheira! E confesso: terapeuta.
Em um Globo de Ouro desses, ouvi Stallone agradecendo a Rocky Balboa pela bem-sucedida parceria… Tenho que admitir, Pussy Jane também tem um bom jab de direita. É, preciso agradecê-la e render-lhe créditos pelos meus talvez melhores momentos, por bem ou por mal…